Morte em vida do homem cão
Ao nascer, mordeu o cordão umbilical. Ao invés de chorar, bateu no doutor. Foi crescendo. A mãe não agüentava de vergonha. Ainda criança bebia e usava mais do que maconha. Seu pai se matava de trabalhar. Não havia arroz que desse conta da larica do moleque comilão. Na adolescência destruía corações. Humilhava os poucos amigos, maltratava as suas paixões. Na fase adulta não parava com mulher.
Ninguém suportava o veneno do mane
O tempo foi passando e ele foi amargurando a estricnina, o próprio fel.
Nem um pouco se arrependia e achava sempre boa a perfídia que fazia. Ao morrer não teve ninguém que levasse seu caixão.
Os vermes do cemitério se encarregaram da função. A seis palmos, não a sete, foi enterrado.
Fazendo menção
Belzebu, a tudo que fizera quando encarnado.
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